A peste negra é provocado por um micróbio que os cientistas modernos chamaram Pasteurella Pestis.
Esse micróbio vive no estômago ou no sistema circulatório da pulga.
A doença transmitia-se pela mordedura das pulgas e o nome de peste negra justifica-se porque à volta das mordeduras alastrava uma mancha negra, que hoje se sabe que era gangrena.
Esta doença era altamente contagiosa e as pessoas tinham medo de a apanhar. Até os animais domésticos adoeciam.
Os primeiros sintomas eram dores de cabeça muito fortes, arrepios e vómitos. A cara adquiria uma expressão especial, devido ao olhar brilhante provocado por febres altíssimas. A língua cobria-se de uma camada de sarro amarelo e o doente tinha muita sede. Os bubões só apareciam ao terceiro dia.
A peste negra matou milhões de pessoas. Morreram famílias inteiras e houve aldeias que se despovoaram.
No entanto, algumas pessoas não apanharam a peste. Outras, muito poucas, apanharam e curaram-se. A febre nesse caso baixava devagarinho e os bubões e as manchas desapareciam pouco a pouco.
Toda a gente considerava essas curas um milagre.
Em Portugal a peste negra entrou em 1348. Alguns historiadores dizem que os primeiros casos se registaram na primavera. Outros garantem que foi só em setembro.
De qualquer forma sabe-se que foi uma espécie de «praga-relâmpago». Até ao natal, matou muito mais de metade da população portuguesa, e depois desapareceu.
Como os campos ficaram abandonados, seguiam-se grandes fomes e o país mergulhou numa crise difícil de superar. Os padres abençoavam todos os doentes e os médicos de máscara tentavam curá-los.
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